Registros mostram militar e um casal fazendo sexo dentro do quartel. Sargento consentiu relações sexuais nas instalações da corporação, diz MP.
O soldado Dejacy Barcellos Junior, testemunha de acusação na ação penal militar contra os bombeiros Anderson Luiz Santana Machado e Vagner da Silva Oliveira, do 4º GBM da Posse, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, afirmou, na tarde desta segunda-feira (1º), em depoimento, que reconheceu um caminhão e um barco do Corpo de Bombeiros nas fotos que mostram o cabo Machado mantendo relações sexuais com um casal. Ele, no entanto, não identificou o local das fotos como sendo o quartel.
Para o promotor de justiça militar, Bruno Guimarães, porém, o reconhecimento comprova que o bombeiro manteve relações nos ambientes da corporação.
"O depoimento foi esclarecedor no momento em que ele afirma que aquele ali é um ambiente de aquartelamento. É um barco e um caminhão do Corpo de Bombeiros, só não pode dizer se foi em Nova Iguaçu, a não ser que alguém tenha um caminhão para emprestar para ele fazer aquilo no dia em que estava de serviço", declarou o promotor.
No depoimento, o soldado declarou que quando o barco está em serviço, está sempre dentro da unidade. Ele acrescentou que estava em serviço na data, na função de comunicante do dia.
A testemunha declarou também que serve desde 2008 no quartel de Nova Iguaçu e que lá possui um barco de alumínio e um bote inflável.
O soldado acrescentou que as viaturas ABT e ABS possuem as características do transporte que consta nas fotos. Ele afirmou ainda que sabe distinguir as viaturas.
Testemunhas dispensadas
Por volta de 15h10, o promotor da Justiça Militar Bruno Guimarães decidiu ouvir apenas uma das quatro testemunhas de acusação convocadas na audiência desta segunda-feira, na auditoria de Justiça Militar, em Gamboa, na Zona Portuária.
Segundo o promotor, era relevante que fosse identificado se o local da foto é corresponde ao quartel e, para isso, de acordo com o ele, bastava apenas uma testemunha. As demais foram dispensadas.
"Eu dispensei porque aquilo ali chegou na Corregedoria porque alguém googlou e achou. Os bombeiros juntaram aquilo em inquérito e mandaram pra mim. Agora a Corregedoria dos Bombeiros vai ser acionada para afirmar se aquilo é um ambiente de aquartelamento", completou.
Pena
Ainda de acordo com o promotor, a pena para o crime de pederastia ou outro ato de libidinagem em ambiente militar é de seis meses a um ano. Segundo ele, porém, se condenado, o cabo Machado pode ter a pena suspensa para cumprir algumas condições. "Seria um tipo de condicional. Administrativamente eles já cumpriram, se não me engano, 30 dias de [pena] administrativa. Mas acredito que condenados vão pegar pena mínima...
G1
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