Candidato superou Alexandre Ramagem (PL) e Tarcísio Motta (PSOL) e teve vitória confirmada na noite deste domingo
Eduardo Paes (PSD) foi reeleito neste domingo prefeito do Rio de Janeiro. A apuração ainda está em andamento, mas não há mais chance de um 2º turno na cidade. Este será seu 4º mandato, o que torna Paes o único a conseguir esse feito à frente da capital fluminense. Os resultados foram confirmados pelo TSE na noite deste domingo, 93,66% das urnas apuradas.
Paes falou à imprensa poucos minutos após ter a vitória nas urnas decretada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em seu primeiro pronunciamento depois da reeleição, agradeceu o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), destacou a diversidade partidária entre seus apoiadores e "fez as pazes" com o governador Cláudio Castro (PL).
—Essa eleição é sobre aquilo que a gente deseja pro Brasil. Chegou a hora de acabar com essa polarização, essa briga de um contra o outro como se fossemos inimigos, e não somos. Da para se juntar independente da visão de mundo. Aqui tem gente de direita, gente de esquerda, gente progressista, conservadora. Essa é uma mensagem para o Brasil. Queria agradecer muito ao presidente Lula, super companheiro, ajuda a gente há muito tempo. Nós cariocas reconhecemos o carinho pela nossa cidade — afirmou o prefeito.
Paes afirmou ainda que continua se beliscando por ser "prefeito dessa incrível cidade maravilhosa". O fechou o discurso dizendo qué o "rio vai virar baile" e comemorando: "é tetra".
Eduardo Paes iniciou a campanha confortável: as primeiras pesquisas mostravam o prefeito muito a frente dos adversários. Ao passar das semanas, seu principal adversário Alexandre Ramagem (PL) começou a desempenhar melhor, principalmente com o apoio explícito do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A campanha de Paes então mudou o tom. Suas propagandas de rádio e TV e nas declarações públicas foram usadas também para atacar o adversário, sobretudo na associação do delegado federal ao governador Cláudio Castro (PL), ao ex-governador Wilson Witzel e ao ex-prefeito Marcelo Crivella.
Durante a campanha, Paes também adotou o discurso anti-polarização. Um trunfo que usou a seu favor é ter costurado o apoio de ex-adversários em torno de sua candidatura: Marcelo Freixo (PT), Benedita da Silva (PT), Martha Rocha (PDT) e Alessandro Molon (PSB) já disputaram eleições contra ele e neste ano caminharam ao seu lado.
Do lado do bolsonarismo, ele conseguiu atrair o apoio explícito de Otoni de Paula (MDB), ex-líder do governo Bolsonaro e que se tornou seu articulador entre os evangélicos. Buscando se equilibrar entre essas correntes, Paes não escondeu o apoio do presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT), mas também não o usou como um cabo eleitoral. Lula foi citado sempre sobre seus apoios a projetos no Rio.
Fonte: Extra
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