Deputado mais votado no Rio, Jair Bolsonaro (PP), decidiu que irá concorrer à presidência da Câmara. O parlamentar, que já se anunciou pré-candidato à Presidência da República em 2018, disse ao GLOBO que irá concorrer na Câmara apenas para marcar posição e ter dez minutos a mais de fama. Ele irá concorrer como candidato avulso, ou seja, sem ser uma indicação oficial do seu partido. Ciente que sua chance de vitória é próxima de zero, Bolsonaro já contabiliza ao menos dois votos a seu favor: o próprio e o do filho, Carlos Bolsonaro (PSC), eleito deputado federal este ano por São Paulo.
— Quero ser candidato só para ter dez minutos de palanque, de discurso no plenário. Dez minutos a mais de fama. Sei que é impossível, mas terei aos menos dois votos. O meu e o do meu filho - disse Bolsonaro, que criticou o espaço e a atenção que o seu partido, o PP, dedica a ele.
— Fui eleito com a maior votação no Rio e nada mudou para o meu partido. Não me indicam nem para vice-líder. Tenho uma sobrevida ali. Se puder sair, sairia. Mas aí vou perder o mandato - afirmou Bolsonaro.
Polêmico e conhecido por confrontos com defensores de causas homossexuais ou aqueles que desejam flexibilizar legislação do uso das drogas, Bolsonaro afirmou que, este ano, não irá concorrer à presidente da Comissão de Direitos Humanos.
— Estarei fora dessa vez. Mas ajudarei a eleger alguém que não seja do PT e que, de fato, defenda os direitos humanos e não essa história de homossexualismo e outros projetos que passam por lá.
O deputado concorreu ao comando da comissão este ano e perdeu por apenas um voto.
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