A Câmara de Vereadores do Rio passará por forte renovação a
partir de janeiro de 2013 - serão 21 novos vereadores, entre 51. O PMDB,
legenda do prefeito Eduardo Paes, fez a maior bancada, conquistou 13 vagas. Do
total de vereadores, 39 estão alinhados com Paes. O DEM, partido do ex-prefeito
Cesar Maia, o terceiro mais votado, encolheu - de oito eleitos em 2008, fez
apenas 3. O PSOL, que tinha apenas um vereador, se tornou a maior bancada de
oposição, com quatro parlamentares.
Paes adotou discurso conciliador
ao falar sobre a oposição. "Oposição não é necessariamente ruim. Se fizer
oposição crítica, correta, para os temas que de fato interessam, acho até que
pode somar", disse em entrevista ao RJTV.
Maia, que ficou com votação aquém
da esperada, disse que terá como prioridade a "luta contra a privatização
da educação e da saúde pública". "Todo prefeito tem ampla maioria na
Câmara, independente do número de vereadores. Para que a oposição seja eficaz
tem que trabalhar para dentro, conectando com o exterior, abrindo as `janelas'
para a opinião pública entrar", afirmou.
O ex-prefeito creditou à
"eleição demasiadamente espalhada, com 1.700 candidatos" e com
"forte aumento de abstenção, brancos e nulos" o fato de ter recebido
44.095 votos, em vez dos 100 mil esperados.
O Rio elegeu um candidato pró
legalização da maconha, Renato Cinco (PSOL). Durante a campanha, ele propôs a
criação da CPI da internação compulsória e questionou a política de drogas da
prefeitura. Teve 12.498 votos.
Os eleitores da capital
rejeitaram a "bancada policial". O delegado Fernando Moraes (PMDB),
que foi titular da Antissequestro, não se reelegeu. Os ex-deputados federais
Marina Maggessi (inspetora da Polícia Civil/PSB) e Marcelo Itagiba (delegado
federal/PSDB) também não conseguiram vagas na Câmara.
Candidatos supostamente ligados a
facções criminosas ou a milicianos também ficaram de fora. São eles Carminha
Jerominho (PTdoB), filha do ex-vereador Jerominho e sobrinha do ex-deputado
Natalino, condenado por chefiarem milícia na zona oeste; Berg Nordestino
(PSOL), que teve o nome citado na CPI das Milícias; e Leo Comunidade, acusado
pelo Ministério Público de ter envolvimento com o tráfico na Rocinha.
Times de futebol também não foram
bons cabos eleitorais. O ex-técnico do Flamengo, Andrade (PSDB) e a presidente
do clube, Patrícia Amorim (PMDB) dividiram a torcida e não se elegeram.
Gonçalves (DEM), ex-jogador do Botafogo, teve pouco menos de 5 mil votos.
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