O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato, disse, rindo, que “algumas dezenas” de políticos foram citados por ele durante o processo de delação premiada.
Ele participou de acareação com o ex-diretor da Área Internacional da estatal, Nestor Cerveró, em reunião, nesta terça-feira, da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga irregularidades na Petrobras.
A declaração de Costa foi em resposta a questionamento do deputado Ênio Bacci (PDT-RS), que solicitou o encontro face a face entre os ex-diretores. “Pela primeira vez uma CPMI adota uma acareação como instrumento eficaz. Saio daqui com a alma lavada”, disse o parlamentar.
E-mail
O e-mail enviado à então ministra-chefe da Casa Civil Dilma Rousseff para alertar sobre irregularidades encontradas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) nas obras da refinaria de Abreu e Lima, entre outras, foi feito a pedido da pasta, segundo Costa. “Esse e-mail era de conhecimento do presidente da Petrobras [Sérgio Gabrielli, à época] e foi-me pedido pela Casa Civil que eu mandasse para a ministra esse e-mail. Não houve atropelo de hierarquia, afirmou.
O e-mail enviado à então ministra-chefe da Casa Civil Dilma Rousseff para alertar sobre irregularidades encontradas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) nas obras da refinaria de Abreu e Lima, entre outras, foi feito a pedido da pasta, segundo Costa. “Esse e-mail era de conhecimento do presidente da Petrobras [Sérgio Gabrielli, à época] e foi-me pedido pela Casa Civil que eu mandasse para a ministra esse e-mail. Não houve atropelo de hierarquia, afirmou.
Segundo matéria da revista Veja, a atitude de Costa seria um alerta para o governo impedir a paralisação das obras, que viabilizariam o esquema de propina com recursos da estatal. “Nessa época eu já estava enojado desse processo todo. Não mandei esse e-mail para continuar esse processo que já não estava satisfeito. Foi para alertar que estávamos com problemas”, disse Costa, negando que queria continuar o processo de corrupção.
Apesar da indicação do Congresso Nacional de seguir as orientações do TCU para paralisar as obras, o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva vetou a indicação e as obras não foram paralisadas. O e-mail teria sido apreendido pela Polícia Federal nos computadores do Palácio do Planalto em operação de busca e apreensão relacionada à investigação sobre Erenice Guerra.
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