2. Juntos, esses países sofreram uma queda de US$ 20,6 bilhões em seu PIB, além de sofrerem prejuízos de US$ 35,3 bilhões nas suas contas públicas por causa da redução da arrecadação e dos aumentos de gastos. Enquanto isso, grandes produtores de petróleo, como Emirados Árabes, Arábia Saudita e Kuwait conseguiram evitar protestos significativos, até porque ampliaram a distribuição de renda com a alta nos preços do petróleo (no começo de 2011, o barril do petróleo tipo Brent era negociado a US$ 90; e chegou a quase US$ 130 em maio, para cair aos US$ 113 nos dias de hoje).
3. Assim, o impacto geral da Primavera Árabe foi ambíguo, mas positivo em termos agregados, afirmou o relatório, estimando que até setembro a produção econômica da região teve alta de US$ 38,9 bilhões, em relação ao mesmo período do ano anterior. A Líbia foi o país mais afetado, já que a guerra civil paralisou a atividade econômica (inclusive as exportações de petróleo, num valor estimado em US$ 7,7 bilhões, ou 28% do PIB, enquanto o custo total para as contas públicas foi estimado em US$ 6,5 bilhões. No Egito, nove meses de turbulências corroeram 4,2% do PIB, tendo os gastos públicos crescido para US$ 5,5 bilhões, enquanto a arrecadação sofreu uma queda de US$ 75 milhões.
4. Na Síria, o impacto é mais difícil de avaliar, mas os primeiros indícios sugerem um custo total para a economia de US$ 6 bilhões, ou 4,5% do PIB. No Iêmen, o relatório estima que a parcela da população abaixo da linha da pobreza deve ultrapassar 15%, devido à desvalorização cambial e aos prolongados distúrbios; e o custo total para a economia foi avaliado em 6,3% do PIB, com uma deterioração de US$ 858 milhões no equilíbrio fiscal, ou 44,9% do PIB. A Tunísia teve prejuízos em torno de US$ 2 bilhões, ou cerca de 5,2% do PIB e governo aumentou seus gastos públicos em cerca de US$ 746 milhões, deixando um rombo em torno de US$ 489 milhões nas contas públicas.
Ex Blog Cesar Maia
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