Para Eduardo Girão (NOVO-CE), Senado deve "fazer o que tem que ser feito" ou "se desmoralizar de vez".
O senador Eduardo Girão (NOVO-CE) fez a defesa do impeachment do ministro Alexandre de Moraes e disse que “o Senado precisa agir”. O cearense avalia que a Casa de Leis está fora da prerrogativa de encarar o impeachment de um ministro da Suprema Corte: “porque esse Senado é covarde”. Apesar da fala polêmica, a expectativa do parlamentar é de reviravolta: “mas [o Senado] vai se levantar”, pontuou.
Ele ainda declarou que a conivência dos demais ministros diante das ações de Moraes é um gesto ‘autoproteção’. “Estamos vendo os ministros se autoprotegerem porque não é um só. São vários [ministros] que não toleram crítica de quem quer que seja”.
Girão contextualizou que há um clamor popular pela apreciação do pedido de impeachment protocolado. “Estamos vivendo um momento difícil da nossa nação. O Senado não pode se omitir diante de um clamor que tomou conta do Brasil. Essa censura, perseguição do ministro Alexandre de Moraes com o X, furou a bolha. Pessoas que nem gostam de política estão revoltadas”, elencou.
Ainda de acordo com o parlamentar, estão reunidas mais de 1 milhão de assinaturas pelo impedimento do ministro. “Vamos para o tudo ou nada e acredito que a população brasileira deve no dia 7 de setembro ir às ruas. [O pedido] É robusto porque foram muitas arbitrariedades catalogadas neste último ano. Eu acredito que não tem outro caminho para o Senado, ou ele se desmoraliza de vez, ou ele vai, no seu bicentenário, fazer o que tem que ser feito“, acrescentou.
No Congresso Nacional, 146 deputados assinaram o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes. Os senadores combinaram a estratégia de não se tornarem signatários para não se tornarem ‘suspeitos’, já que serão julgadores do processo, caso ele seja apreciado pelo plenário da Casa Alta.
Deputados e senadores vão coletar assinaturas até 7 de setembro e pretendem protocolar o pedido dois dias depois.
Quando ocorreu a movimentação pelo impeachment de Moraes?
A movimentação ocorre após uma série de reportagens publicadas pelo jornal Folha de S.Paulo revelar que um auxiliar de Moraes no gabinete do STF pediu, de forma não oficial, a produção de relatórios de investigação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para embasar decisões no chamado inquérito das fake news, instaurado pela Corte para apurar ataques a ministros.
“As mensagens revelam um fluxo fora do rito envolvendo os dois tribunais, tendo o órgão de combate à desinformação do TSE sido utilizado para investigar e abastecer um inquérito de outro tribunal, o STF, em assuntos relacionados ou não com a eleição daquele ano“, diz o jornal.
Como mostramos mais cedo, o ministro Alexandre de Moraes usou o TSE, por exemplo, para investigar pessoas que o xingaram em Nova York, nos Estados Unidos, após as eleições de 2022.
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