domingo, 22 de outubro de 2023

Presidente do BC vê o futuro sem papel-moeda ou cartões de crédito

O PIX, o sistema de pagamento digital lançado pelo BC no final de 2020, já superou os cartões de crédito e débito como o método de pagamento preferido no Brasil, registrando mais de 8 bilhões de transações no primeiro trimestre deste ano.

Se depender do presidente do Banco Central (BC), o economista Roberto Campos Neto, o papel-moeda ou mesmo os cartões de crédito serão coisas do passado, muito em breve.As plataformas digitais, incluindo o PIX, tendem a substituir os demais instrumentos financeiros tradicionais.

— O cartão de crédito do futuro será apenas dinheiro programável. Você não vai mais ter um cartão. Você não vai mais pagar às grandes empresas de cartão de crédito a quantia de dinheiro que paga hoje, porque será capaz de fazer isso de maneira muito mais fácil e rápida — disse o economista, durante encontro organizado pela Americas Society/Council of the Americas, em Miami, nos EUA.

Consumidores

O PIX, o sistema de pagamento digital lançado pelo BC no final de 2020, já superou os cartões de crédito e débito como o método de pagamento preferido no Brasil, registrando mais de 8 bilhões de transações no primeiro trimestre deste ano.

A popularidade do PIX continuou a crescer graças à facilidade de uso e às vantagens sobre os cartões de crédito tanto para consumidores quanto para empresas. No início de outubro, o PIX estabeleceu um recorde de 163 milhões de transações em um único dia.

No entanto, ele é apenas parte da revolução da moeda digital que Campos Neto vê para os próximos anos.

Tecnologia

O Federal Reserve dos EUA recentemente seguiu os passos do Brasil com o início do serviço de pagamento FedNow nos EUA, enquanto organizações globais, como o Banco de Compensações Internacionais, também estudaram a plataforma.

Campos Neto destacou a capacidade do aplicativo de promover a inclusão financeira, afirmando que permitiu que 70 milhões de pessoas entrassem no sistema bancário e sugerindo que futuros desenvolvimentos poderiam ajudar a integrar ainda mais pessoas.

— A tecnologia é a ferramenta mais democratizadora que existe — concluiu.

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Fonte: Correio Brasiliense

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