Após o ataque surpresa do braço armado do Hamas e sua infiltração em solo israelense no sábado (7), tanto em Israel como no lado palestino, foram anunciadas centenas de mortes e milhares de feridos. Os combates continuaram durante toda a madrugada de domingo (8) entre os combatentes do Hamas e o exército israelense.
Israel está vulnerável há meses. A razão? A reforma da Justiça desejada pelo governo de Benyamin Netanyahu, que é massivamente rejeitada nas ruas. Os israelenses chamam isso de golpe. Assim, para protestar contra essa reforma considerada antidemocrática, têm havido manifestações semanais em todo o país há meses.
Mas também se cogitava outros meios de protesto, como a recusa da mobilização militar. Os reservistas do exército e particularmente os pilotos de combate israelenses se recusaram a treinar nos últimos meses. No entanto, a Defesa israelense depende em grande parte desses reservistas.
Resultado: no sábado, o exército mais poderoso do Oriente Médio foi pego de surpresa e derrotado. Seus aviões de guerra foram derrubados. Demorou horas para o país reagir, foi um desastre total. Os comandos do Hamas se infiltraram no território israelense com uma facilidade desconcertante, quase sem resistência.
As bases do exército israelense foram conquistadas em um piscar de olhos. Soldados foram capturados e fuzilados. Civis e soldados israelenses foram capturados e enviados para Gaza. Trata-se de um fracasso militar para Israel e uma derrota amarga para seus serviços de inteligência.
Sami Boukhelifa, correspondente da RFI em Jerusalém
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