Blasting News Brasil2016-06-27 22:51
A Comissão Especial do Impeachment enfrentou mais um dia tenso nesta segunda-feira (27). Os trabalhos da Comissão se iniciaram com a oitiva que trouxe mais uma testemunha no processo de impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff. Os senadores ouviram o ex- ministro e deputado Patrus Ananias, do PT de Minas Gerais. Ele foi arrolado como testemunha de defesa no processo que analisa e julga o afastamento definitivo de Dilma Rousseff.
Durante a oitiva do depoente Patrus Ananias, a advogada de acusação, Janaina Paschoal, solicitou a palavra para que pudesse se defender de falsas acusações proferidas nos corredores do Senado Federal, que ela atribuiu ao senador petista Lindbergh Farias, do PT do Rio de Janeiro. O bate-boca se iniciou quando a jurista se defendeu de que seu orientando, juiz Paulo Bueno de Azevedo, responsável pela decretação de prisão do petista Paulo Bernardo, tenha sofrido alguma influência por parte dela, em relação à prisão do ex-ministro petista dos governos Lula e Dilma. O juiz atua na sexta Vara Criminal da Justiça Federal de São Paulo. Janaina é orientadora de Azevedo em sua tese de doutorado na Universidade de São Paulo.
Ânimos acirrados
Janaina Paschoal se defendeu prontamente ao rebater as insinuações do senador Lindbergh Farias, de que tivesse qualquer envolvimento no caso da prisão de Bernardo:"não me meça com a régua do PT, meus orientandos são juízes, advogados, promotores, pesquisadores das mais diversas concepções ideológicas" afirmou de modo contundente. A jurista complementou ainda, ao dizer que seus orientandos não precisam dar satisfação a ela, pois, "seu papel na universidade é formar pessoas que tenham cabeças livres", concluiu. O senador Lindbergh preferiu responder com afirmações de que a jurista participa do processo de impeachment por ordem do PSDB, já que ela fora contratada pelo partido, com o propósito de fazer um parecer recomendando a destituição da presidente afastada Dilma Rousseff. Janaina retrucou ao indagar Lindbergh sobre acusações de que ele teria recebido o valor deR$ 2 milhões da Petrobras, de acordo com delação do ex-diretor da estatal, Paulo Roberto Costa. Lindbergh se defendeu dizendo que "não é alvo no processo e que provará inocência", afirmou. O senador petista responde a um inquérito que está no STF, em que ele é acusado de práticas que envolvem recebimento de vantagem indevida, além de lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
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