quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Argentina de Macri, pode...

​Hoje, na maioria do Brasil, começou o ano de 2016. Em alguns lugares os anestesiados, pra não dizer outra coisa, seguem na folia. Enfim, finda a ilusão de mais um ​c​arnaval, ​do pão e do circo, voltamos a triste realidade brasuca. 

​E eu aqui em Florianópolis, repleto de argentinos (ha mais de 10 anos não tínhamos tamanha invasão), confesso que estou estarrecido com o Macri, o promissor presidente argentino.

​Causa muita inveja em qualquer brasileiro, que sofre há anos com a paralaxe cognitiva da política tupiniquim (quando não apenas a prática é dissociada e diametralmente oposta ao discurso), ver um presidente argentino efetivamente fazer aquilo que prega, aquilo que anunciou para se eleger. Deve ser um choque.

Eu já começava a crer que tal coisa seria impossível ​aqui ​na América Latrina.

Em dois meses de governo, Macri retirou todas as restrições de importações, zerou o imposto de exportação de trigo, milho e carne, reduziu imposto sobre soja, automóveis e motos, aumentando a arrecadação no processo e provando, de uma vez por todas, a validade da Curva de Laffer (alguém, por favor, ensine o que é isto pro Raulzinho Apedeuta).

Macri denunciou o acordo com o Irã, expulsou os falsos médicos cubanos sob a justificativa de que não financiaria ditaduras para ludibriar a população com uma pseudo-assistência médica, demitiu 19 mil funcionários públicos da aparelhagem socialista (aqueles que só aparecem dia 30 pra receber, e que foram indicados politicamente), desmontou a "Ley de Medios" e anunciou que vai pagar todas as dívidas dos seus importadores, no importe de US$ 5 bilhões, 80% nas mãos de exportadores brasileiros.

Há duas semanas, investidores internacionais fizeram fila em Davos pra falar com ele. O governo argentino já quitou com credores italianos uma dívida de US$ 2,3 bilhões (por US$ 1,350 bi), e está firme no caminho de pagar a parcela restante com fundos "abutres", de US$ 9 bi, com deságio de 30%. Se fizer isso, devolve a Argentina ao mercado mundial de capitais, depois de 10 anos de kirchnerismo em que a Argentina foi a leprosa do mundo.

Tudo isso, repito, em DOIS MESES. Enquanto isso, no Brasil, ​a casa da mãe joana (​Congresso​)​ parado sob o comando de dois corruptos, a lentidão do judiciário, e a Dona Lontra, sustentada por um partido esfacelado pela contradição e pela corrupção generalizada, convoca rede nacional para anunciar que ainda precisamos nos livrar de uma doença medieval (depois do seu ministro da saúde sugerir que, na falta de uma vacina bancada pelo Estado, tínhamos que torcer pra que o próprio mosquito imunizasse as pessoas antes da idade fértil).

​Pior, alias, sinto-me enojado com o que está gastando esse partido que mais rouba e roubou na história do Brasil, está gastando em publicidade, em horário ​nobre, falando asneira, mostrando mentiras e afirmando que o "melhor do Brasil é o brasileiro". Que brasileiro é esse? O completo analfabeto político, imbecil, que acredita neste partido corrupto ou aquele que padece nas filas dos hospitais, inseguro, desesperado, desempregado, sem educação...? E o que estão deixando de ser feito por conta desta verba publicitária bilionária? E o que está sendo gasto para a realização das olimpíadas que não terá retorno graças ao descaso com a saúde e as doenças causadas pelos pernilongos, chamados de vírus pela presidANTA? 

Será que o Macri não toparia prestar umas ​quatro horas semanais de trabalho voluntário aqui no Brasil, não? Se Dona Lontra concordasse em abrir mão do cargo por 20 horas/mês, penso que certamente poderíamos até esquecer o papo do tal impeachment...

" Colunaonline"

Nenhum comentário: