sábado, 1 de abril de 2023

Imigração Suíça no Brasil 1819

As duas famílias Knupp integrantes do movimento migratório rumo ao Brasil em 1819, tinham a mesma vila de origem, bem como embarcariam, com passaporte, no mesmo navio Heureux-Voyage e ainda em Nova Friburgo escolheriam permanecer à mesma casa e lote. Certamente um estreito parentesco as unia, vinculo destinado a perdurar ao longo de várias décadas também no Brasil. De fato, se as condições sócio-econômicas do grupo liderado por Johann Knupp (I) era das mais favoráveis dentre os imigrantes de língua alemã, o mesmo não pode ser estendido a família de seu provável irmão Joseph (II), a qual imerge ao peso de sérias dificuldades após o precoce falecimento do patriarca. Nesta ocasião, Johann Knupp, que já adquirira outras terras no lote 82, mantém em sua companhia a cunhada e filhos desta. Johann Baptista Jost, médico em São Fidelis, em dezembro de 1825, assinala que Johann Knupp encontrava-se no lote 82 ou em terras próprias, usufruindo de uma situação “nada mal”.


Ambas as famílias nucleares permanecem longos anos nos “números coloniais”, ao contrario de outras que partem em busca do café nas terras quentes de Cantagalo. É ainda no âmbito da antiga colônia suíça que vem a falecer Magdaleine Gotzon, a matriarca, em 19 de janeiro de 1826 e Johann Knupp, aos 29 de julho de 1853, encontrando-se ambos no mesmo velho cemitério do número colonial 61.
Quanto aos filhos, sabe-se que Joseph Knupp, nascido em 18/04/1803 se casará com Johanna Herde, Johann Knupp, nascido em 24/04/1808 com Catherine Kilker, Anna Maria Knupp, nascida em 28/02/1811 com Jacob Anton Zehnder, Katharina Knupp, nascida em 29/01/1814 com o mesmo Jacob Anton Zehnder, após viuvez deste e Anne Knupp, nascida em 24/09/1816 com Joseph Marfurt. Não há referências quanto ao matrimônio de Jean-Blaise (ou Blasius) Knupp, mas sabe-se que ele, em 1855, era o único proprietário do lote 101, assim como metade do 91.
(Do livro IMIGRANTES, de Henrique Bon)

Jorge Luiz Knupp Cerqueira - Caros primos Knupps, esse documentário acima exposto, sobre o nosso encontro, sempre recheado de muito conhecimento dos acontecimentos da imigração Suíça para o Brasil, bem como da própria história da Suíça como nação, sua formação, com dados e datas precisas, não poderia ser de outra pessoa, que não, do menos descendente de suíços, como nós, o escritor de genealogia, brasileiro, que mora entre nós, em Nova Friburgo, Alberto Abib Lima Wermelinger Monerat. Esse homem conhece a Suíça, sua história e a imigração para o Brasil, como poucos. Autor da genealogia da família Wermelinger; o livro intilulado " Pierre-Nicolas Chenaux" o "Herói da Gruyére", Ascendente da família Thürler( Thurler), se traduzindo assim no livro da família Thurler; que também imigraram em 1819 para o Brasil (Nova Friburgo), ainda entre outras obras o "Têra Novala", onde é co-autor com dois autores suíços, Anne Marie Yerly-Quartenoud e Daniel Folly, editado em 2010, cujo tema trata da imigração, num texto temático teatral em 5 idiomas, Francês, Português, Patois(espécie de dialeto francês da região de Fribourg, não mais falado hoje em dia, mas na época da imigração), Alemão e Senslertütsch( um dialeto alemão também falado no passado), dentre outras obras. O Alberto é uma dessas pessoas cultas e desprendidas, que muito gentilmente sempre versa sobre os Knupp e outras famílias imigrantes para o Brasil, no seu Seite "Legado Suiço", uma leitura obrigatória para os apaixonados do tema sobre a imigração. Alberto, em nome da família Knupp, nosso muito obrigado!

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