Denúncia sobre negócio milionário havia sido feita em março pelo Blog do Garotinho
Paes se envolve em disputa de terreno na Barra
A tacada de Paes vai resultar num faturamento adicional para a construtora de no mínimo R$ 300 milhões. E quem cuidou da mudança do gabarito para 22 andares numa área onde os prédios pela legislação municipal só podiam ter seis andares foi o secretário de Urbanismo de Eduardo Paes, Sérgio Dias, que aparece nas fotos junto à Gangue dos Guardanapos, e é vizinho de Cabral, em Mangaratiba. A mudança contou também com o apoio da maioria dos vereadores do Rio de Janeiro, que são da base do governo municipal.
“No ritmo que as coisas vão no Rio de Janeiro, com as negociatas milionárias que se sucedem, até as Olimpíadas de 2016, a elite da cidade terá certamente na lista dos mais ricos vários integrantes da turma de Cabral e da Gangue dos Guardanapos”, diz Garotinho. Abaixo a matéria da Folha online.
Folha de São Paulo
MARCO ANTÔNIO MARTINS
DO RIO
Oficiais de Justiça receberam determinação judicial de buscar no gabinete do prefeito do Rio, Eduardo Paes, e na sede da empresa RJZ Cyrela documentos que comprovem o acordo feito entre eles para a construção de um campo de golfe, na Barra da Tijuca.
A ordem de busca e apreensão é do juiz João Felipe Ferreira Mourão, da 15ª Vara de Fazenda Pública. O campo está sendo construído para a Olimpíada do Rio-2016.
Um processo que tramita no Tribunal de Justiça do Rio questiona a posse do terreno de 377 mil metros quadrados.
De um lado, o empresário Pasquale Mauro diz ser o proprietário. Do outro, a empresa Elmway Participações Ltda afirma ser dona da área.
Representantes da Elmway afirmam que, se a posse do terreno ainda não foi decidida pela Justiça, a Prefeitura não poderia ter decidido construir o campo ali.
Em março, Paes participou de um evento no terreno, ao lado de representantes da RJZ Cyrela e de Pasquale Mauro, lançando uma parceria público-privada para a obra.
De acordo com site da Prefeitura do Rio, a construção, orçada em R$ 60 milhões, e a manutenção do local ficariam a cargo da iniciativa privada.
Em troca, o prefeito assinou um decreto permitindo a construção de 23 prédios de 22 andares na região, beneficiando o empresário Paquale Mauro e a RJZ Cyrela.
Desde o lançamento do empreendimento, a Justiça tenta obter os documentos.
O procurador da prefeitura, Rubem Ferman chegou a emitir um parecer, anexado ao processo, informando que não há qualquer tipo de acordo entre o município e a empresa para a construção do campo de golfe. A informação surpreendeu o juiz, já que houve o anúncio da parceria.
Contatada, a RJZ Cyrela não se pronunciou até a conclusão desta edição. Pasquale Mauro não foi encontrado para comentar o caso.
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