sexta-feira, 4 de julho de 2025

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, chega ao Rio de Janeiro neste sábado (5) para participar da 17ª Cúpula de Líderes do BRICS. Guterres falará sobre reforço do multilateralismo e meio ambiente O evento acontecerá nos dias 6 e 7 de julho no Museu de Arte Moderna (MAM), no Aterro do Flamengo. Chefes de Estado e de governo de 20 países das categorias de membros plenos e parceiros devem participar da Cúpula de Líderes no Rio de Janeiro.

O Secretário-Geral António Guterres



O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, estará no Rio de Janeiro a partir deste sábado (5), para participar da 17ª Cúpula do BRICS. O evento acontecerá nos dias 6 e 7 de julho.

Em Nova Iorque, o porta-voz do chefe da ONU disse a jornalistas, nesta quinta (3), que Guterres foi convidado para falar em uma sessão sobre o fortalecimento do multilateralismo, assuntos econômicos, financeiros e inteligência artificial no domingo (6). 

Na segunda (7), António Guterres discursará em reunião sobre saúde, meio ambiente e a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP30). O secretário-geral deve também ter reuniões bilaterais com líderes mundiais que participam da Cúpula no Rio de Janeiro.

Autoridades do Brasil, que assumiu a presidência do BRICS em 1º de janeiro de 2025, aspiram à tomada de decisões essenciais em campos como desenvolvimento, cooperação e qualidade de vida dos habitantes dos países do bloco formado por 11 membros plenos e 9 parceiros. 

Sobre o BRICS
O grupo se define como um foro de articulação político-diplomática de países que formam o chamado Sul Global, buscando cooperação internacional e o tratamento multilateral de temas globais.

Além de buscar mais influência e equidade de seus integrantes em instituições como a ONU, o Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Mundial e Organização Mundial do Comércio (OMC), o BRICS tem em seu radar a criação de instituições voltadas para seus participantes, como o Novo Banco de Desenvolvimento, chamado de Banco do BRICS.

Por não ser uma organização internacional, o BRICS não tem um orçamento próprio ou secretariado permanente.

Participação no BRICS 
Há duas categorias de participação no BRICS: países membros e países parceiros. Os 11 membros – África do Sul, Arábia Saudita, Brasil, China, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia, Índia, Irã e Rússia – participam de todas as reuniões. Nelas, o processo decisório baseia-se no consenso. 

Para ser admitido como membro, os países interessados precisam cumprir os seguintes critérios: ter boas relações diplomáticas com todos os membros plenos, apoiar o multilateralismo, ser membro das Nações Unidas, não adotar sanções sem autorização do Conselho de Segurança das Nações Unidas, e assumir compromisso com a reforma da governança global. A manutenção do equilíbrio geográfico do bloco também é critério para novas admissões.

A modalidade de países parceiros foi criada em 2024, na Cúpula de Líderes de Kazan, na Rússia. Nela, países são convidados a participar das Cúpulas de Chanceleres e de Líderes do BRICS, e podem estar presentes em outras reuniões se houver consenso entre os membros. Atualmente, os parceiros são Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão. Ao longo de 2024, mais de 30 países mostraram interesse em participar do BRICS tanto na qualidade de membros como de parceiros.

Presidência brasileira
Em 1º de janeiro de 2025, o Brasil assumiu a presidência do BRICS até 31 de dezembro. Segundo a coordenadora-geral da presidência brasileira do BRICS, a ministra Paula Barboza, do Ministério das Relações Exteriores, os dois eixos da atuação do país, ao longo de 2025, são a reforma da governança global e a cooperação entre países do Sul Global.

Com informações da Agência Brasil e da ONU News. 

Para mais informações, acompanhe a cobertura da ONU News em português: https://news.un.org/pt/tags/brics 

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